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Funcionários da construção civil terão que ser alfabetizados

Um projeto de lei de autoria do deputado Emanuel Pinheiro (PR) propõe que as empresas do setor da construção civil façam adesão ao Programa Estadual de Alfabetização a fim de capacitar seus funcionários.

Na proposta, o governo deve fazer constar em todos os editais de licitação de obras públicas, e em todos os contratos diretos e indiretos realizados com o mesmo fim, promovidos pela administração pública estadual, a cláusula que traga exigência do curso.

O programa consiste em qualificar a mão de obra empregada visando a alfabetização, através de aulas ministradas durante a execução da obra ou serviço, exclusivamente para obras e serviços com duração igual ou superior a um ano. As despesas decorrentes da execução desta lei correrão por conta das dotações orçamentárias próprias.

Emanuel Pinheiro justifica sua iniciativa diante do crescimento do setor da construção civil, que vem aumentando de maneira acelerada tanto em obras públicas, como privadas e de acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). Dados da entidade revelam que, 33% dos trabalhadores registrados na construção civil não sabem ler ou escrever e, em geral, desempenham funções auxiliares com pouca ou nenhuma especialização.

O programa consiste em qualificar a mão de obra, visando a alfabetização a partir de aulas ministradas durante a execução dos trabalhos. A norma vale apenas, para o trabalho em construção com duração igual ou superior a um ano, e as aulas seriam realizadas no próprio local da obra, com carga horária de duas horas diárias. “Um dos objetivos desse projeto é mudar uma realidade nos canteiros de obras, onde existem trabalhadores que não sabem ler nem escrever”, afirmou o deputado.

De acordo com o deputado, a proposta consiste ainda em mudar a realidade dos canteiros de obras no estado alfabetizando os trabalhadores como forma de reduzir o analfabetismo e qualificar a mão de obra, em toda e qualquer obra realizada com recursos públicos, ficando as empresas compromissadas à adesão ao programa.

Fonte: odocumento.com.br

Projeto de construção sustentável será apresentado na Rio+20

Construção Sustentável

O projeto Construção Sustentável, com apoio da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização Mundial do Trabalho (OIT), será apresentado na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, em junho, no Rio.

O projeto está sendo elaborado pela Câmara Brasileira da Indústria da Construção (Cbic) e pelo Conselho Empresarial Brasileiro para o Desenvolvimento Sustentável (Cebds).

A ideia é propor uma mudança completa do setor da construção civil no Brasil.

Sustentabilidade com inovação tecnológica

O projeto prevê a integração entre as áreas de sustentabilidade e inovação tecnológica, englobando um conjunto de ações que visa à sustentabilidade do setor em todos os sentidos.

“Nós estamos falando de resíduos sólidos, de água, de iluminação, de conforto, de emissão de gases. Isso é conseguido por meio de inovação tecnológica”, disse Paulo Safady Simão, presidente do Cbic.

Isso implica, por exemplo, a substituição de materiais na industrialização e semi-industrialização.

A substituição de materiais vai racionalizar a construção, diminuir perdas. A meta é usar equipamentos modernos que se aproximem da emissão zero de carbono.

Mudar tudo

De acordo com pesquisa do Conselho Empresarial Mundial para o Desenvolvimento Sustentável (WBCSD, a sigla em inglês), o setor da construção civil responde por 40% da energia consumida em todo o mundo e por 35% das emissões de carbono.

“Temos que modernizar o processo de construção para reduzir isso. Essa é uma grande contribuição que o setor vai dar,” vislumbra Simão.

Para a sociedade, afirma Simão, além do benefício ambiental, o projeto representará ganhos em termos de vida útil de uma construção, estimada em 50 anos.

O grande problema, contudo, segundo Simão, é “vender” essa ideia a um parque formado por cerca de 170 mil empresas e produzir uma mudança de comportamento e de cultura significativa. Na sua opinião, esse não é um problema só do Brasil, mas universal.

Fonte: 360graus.terra.com.br