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Trabalhadores da construção civil reivindicam melhores salários

Categoria cobra ainda a discussão sobre jornada de trabalho, inclusão no PLR, plano de saúde e mais segurança

No início da noite desta terça-feira (8), os funcionários da construção civil ligados ao Sindicato dos Trabalhadores da Indústria e do Imobiliário do Estado de Alagoas (Sindticmal), reivindicaram melhores condições trabalhistas e salariais. O protesto aconteceu na praça do Skate, bairro de Ponta Verde, em Maceió.

Segundo líderes da categoria, vem sendo cobrada a discussão de reajuste de contratos, garantindo uma melhor jornada de trabalho, a inclusão do PLR (Participação nos Lucros e Resultados), aumento em torno de 12% em cima do atual salário, plano de saúde e maior segurança para os colaboradores.

O presidente da Sindticmal, Manoel Januário, informou que a classe luta pela gratuidade dos serviços alimentícios, uma vez que os custos saem do próprio bolso. “Nós lutamos pela inclusão do café da manhã para nós, funcionários, que erguemos esses enormes prédios, pois muitos aqui moram longe dos locais de trabalho”, afirmou.

As propostas foram enviadas ao Sindicato da Construção Civil (Sinduscon), para que sejam analisadas.

Fonte: tribunahoje.com

Construção civil vive “calamidade” com pior ano de sempre

Os profissionais da construção civil não medem as palavras na descrição deste ano de 2012. Dizem que é ano de calamidade e que se as coisas continuarem como estão, mais de 100 mil pessoas podem perder o emprego até ao final do ano.

O presidente da Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas, Ricardo Pedrosa Gomes, diz que este é o pior ano de sempre para a construção civil. Situação que pode ficar ainda pior.

Este ano de “calamidade”, diz o sindicato, vai resultar no encerramento de mais empresas e no aumento do desemprego. Ricardo Pereira Gomes acha que até ao fim do ano mais de 100 mil pessoas podem perder o emprego.

O Estado continua a ser o maior devedor. Mais de 1400 milhões de euros é a verba avançada pelo sindicalista.

Fonte: www.rtp.pt

Confiança da contrução civil registra queda

Confiança dos empresários caiu após seis meses de melhora no índice

O Índice de Confiança da Construção (ICST), divulgado nesta segunda-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV), registrou queda na variação da média trimestral de -6,6%, em março, para -6,8%, em abril. O Indicador ficou em 127,9 pontos, na média de fevereiro a abril de 2012, contra 137,2 pontos, no mesmo período do ano passado. Segundo a fundação, a queda interrompe o movimento de relativa melhora registrada nos últimos seis meses.

Somente dois segmentos tiveram melhora nos indicadores. Obras de acabamento teve variação de -4,5%, contra -9,3%, em março. Já o segmento de aluguel de equipamentos de construção e demolição (com operador) foi o único que passou a ter índice positivo em abril, com 3,4%, ante -6,2%, em março.

Os segmentos que pressionaram negativamente a confiança no setor foram preparação de terreno, com variação de -4,6% em abril, contra -0,9% em março; e obras de instalações, que passou de -4,8%, em março, para -5,3%, em abril. Os segmentos de construção de edifícios e obras civis, e obras de infraestrutura para engenharia elétrica e telecomunicações tiveram variações menores, ao passar de -6,6%, em março, para -6,8%, em abril; e de -12,7% para -13,1%, respectivamente.

As avaliações pessimistas do empresariado em relação ao futuro também influenciaram a queda do ICST. O Índice de Expectativas (IE-CST) caiu 5,3%, ante -4,2% em março. O quesito que avalia a demanda prevista para os próximos três meses foi o que recebeu pior avaliação.Já o Índice de Situação Atual (ISA-CST) manteve a tendência de melhora relativa, passando de -9,3%, em março, para -8,6%, em abril.

Fonte: odia.ig.com.br

 

Sem mão de obra, construção civil atrai mulheres no interior de SP

Com falta de mão de obra masculina diante de um cenário de avanço da construção civil, as mulheres estão entrando cada vez mais nesse mercado para suprir a demanda da indústria.

Em cinco das cidades mais populosas da região nordeste paulista –Ribeirão Preto, São Carlos, Araraquara, Sertãozinho e Barretos–, a presença feminina na construção civil já responde por 8% do quadro de trabalhadores, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego. Em São Carlos, um curso aberto apenas para as mulheres recebeu mais de 500 inscrições, para 150 vagas. Com a procura recorde, o número de postos quase dobrou.

Nas próximas semanas, ao menos 250 estarão aptas a realizar funções de pedreiro, pintor, azuleijista, instalador de hidráulica e marceneiro.O secretário de Trabalho, Emprego e Renda de São Carlos, Emerson Domingues, vê a profissionalização de mulheres para o setor como meio de inclusão social. Elas recebem vale-transporte e babás, para filhos de até 13 anos.Araraquara formou 270 mulheres em 2011 –quase 10% dos formandos em cursos em parceria entre prefeitura e o Senai.A dona de casa Lizeti Cristiane dos Santos da Silva, 31, disse sonhar com um emprego no setor. “Também quero ajudar quem não tem condições de construir suas casas.”

O Sinduscon (sindicato da indústria) diz que a mão de obra feminina é bem aceita em áreas como assentamento de azulejos, revestimentos cerâmicos e eletricidade.

Fonte: jornalfloripa.com.br

Preços da construção civil do Distrito Federal têm alta de 0,54% em abril

Metro quadrado chega a R$ 902,53, segundo levantamento do Sinduscon-DF

Os preços da construção civil no Distrito Federal estão em constante crescimento na capital federal. Em abril, o Custo Unitário Básico do Distrito Federal por metro quadrado foi de R$ 902,53, representando um aumento de 0,54% em relação ao mês de março.

De acordo com o presidente da Comissão de Economia e Estatística do Sinduscon-DF *(Sindicato da Indústria da Construção Civil do Distrito Federal), Marcus Peçanha, o crescimento segue uma tendência do comportamento dos preços no mercado.

Peçanha disse que o custo material foi o que mais aumentou, passando de R$ 393,45 para R$ 394,85. Despesas administrativas aparecem em segundo lugar, aumentando de R$ 59,18 para R$ 62,70. O gasto com mão de obra continuou estável.

O índice divulgado pelo Sinduscon-DF é baseado pelo padrão R8-N (residência multifamiliar padrão normal – garagem, pilotis e 8 pavimentos). O cálculo mostra como as despesas do setor variam e é baseado na utilização dos reajustes de contratos com a construção civil.

Em abril, a formação do custo do setor em Brasília foi composta por um aumento de 48,54% de despesas com mão de obra, 43,75% referentes aos materiais, 6,95% correspondem às despesas administrativas e 0,77% aos equipamentos. Nos últimos 12 meses, os custos acumularam alta de 6,56%.

O metro quadrado no Distrito Federal é calculado e divulgado uma vez por mês pela Comissão de Economia e Estatística do Sinduscon-DF, que acompanha a evolução dos preços de 25 materiais de construção, salários de três categorias de mão de obra (pedreiro, servente e engenheiro) e um equipamento (aluguel de betoneira).

Fonte: noticias.r7.com

Construção civil impulsiona vendas da Gerdau

Amparada no bom momento que o setor atravessa no Brasil e nos Estados Unidos, siderúrgica fecha o primeiro trimestre com alta de 10% na receita líquida

Os primeiros três meses do ano foram positivos para o Grupo Gerdau. De janeiro a março, a companhia obteve uma receita líquida de R$ 9,2 bilhões – um crescimento de 10% sobre igual período do ano anterior. O resultado foi influenciado pela maior demanda da construção civil no Brasil e dos setores industrial e de energia nos Estados Unidos. Aliás, a siderúrgica vem obtendo bons resultados nos mercados norte-americano. O investimento em construções não-residenciais nos Estados Unidos, por exemplo, alcançou US$ 65 bilhões no primeiro trimestre do ano, 16% superior ao de igual período de 2011 – o que impulsionou as vendas da empresa. Juntos, Brasil e América Latina responderam por 68% da receita bruta da Gerdau no primeiro trimestre.

O lucro, no entanto, sofreu um revés de 3%, caindo para R$ 397 milhões. De acordo com André Gerdau Johannpeter, o nível de rentabilidade foi afetado principalmente pelo crescimento dos custos de produção e pelo processo de desindustrialização da cadeia do aço na América Latina. “Menos mal que, recentemente, foi aprovada o fim da guerra dos portos”, destacou ele. Como forma de aumentar as margens, Johannpeter anunciou que a empresa continua em busca de parceiros para a comercialização de minério de ferro. A Gerdau Açominas, por exemplo, terá sua capacidade expandida de 6,5 milhões de toneladas para 11,5 milhões de toneladas da matéria-prima. Os excedentes serão, então, vendidos com a ajuda parceiros – que ainda estão sendo selecionados.

Na coletiva desta quinta pela manhã, a Gerdau anunciou novos investimentos nos Estados Unidos. Para atender a crescente demanda por aços especiais do mercado automotivo norte-americano, o grupo pretende instalar um novo lingotamento contínuo na usina St. Paul (em Minnesota), que terá capacidade ampliada de 90 mil para 500 mil toneladas por ano. O investimento será de R$ 91 milhões. O novo equipamento entrará em operação no início de 2014. Na usina Monroe (no Michigan), uma nova linha de inspeção de barras entrará em operação em 2013, aumentando a capacidade de processamento dos produtos. Estimado em R$ 39 milhões, o investimento se soma ao plano de expansão da unidade – cuja capacidade de produção saltará de 470 mil para 720 mil toneladas.

No total, informou André Johannpeter, o plano de investimentos da Gerdau no mundo deverá totalizar R$ 10,3 bilhões até 2016. “Nessa indústria é necessário manter os investimentos no longo prazo, ainda que se tenha alguma oscilação na economia mundial ou local”, opina Osvaldo Schirmer, vice-presidente executivo de finanças, controladoria & RI. Segundo ele, a siderúrgica ainda avalia a possibilidade de erguer um novo laminador no sul do país. A unidade deverá ser instalada junto a uma das três usinas que o grupo opera na região – em Guaíra, no Paraná, e em Charqueadas e Sapucaia do Sul, no Rio Grande do Sul.

Fonte: amanha.com.br

Construção civil se destaca com alta em semana de queda

As mudanças nas regras da poupança anunciadas ontem pelo governo são um sinalizador de que a Selic pode continuar caindo neste ano. A queda da taxa básica de juros poderia aumentar o crédito ao consumidor na compra de imóveis e essa expectativa já é suficiente para levar alta aos papéis.

No início do dia, o Índice Imobiliário (IMOB) era um dos únicos que subia na bolsa. Agora, o indicador reverteu a tendência, mas ainda mantém bom desempenho, com uma queda de 0,01% num dia em que o Ibovespa cai perto dos 2%.

“Essa alta já começou ontem só com as expectativas de mudanças na poupança, que se concretizaram no final do dia”, destaca João Pedro Brugger, analista da Leme Investimentos. Entre as maiores altas do Ibovespa nesta semana, o destaque fica com papéis desse setor, com PDG Realty subindo mais de 8% no período até o momento.

Além das expectativas, a alta tem um motivo técnico também impulsionando. “Em 2011 e um pouco neste ano essas ações caíram muito, então também há um fator de correção no preço”, diz Leonardo Zanfelicio, analista da corretora Concórdia.

O possível risco de faltar fundos para financiamentos imobiliários, já que a maior parte dos recursos para essa categoria vem da poupança, foi afastado pelos analistas. “A tendência é que o mercado desenvolva novos produtos e fontes para financiamento”, diz Zanfelicio.

Fonte: exame.abril.com.br

Construção civil precisa de operários, homens ou mulheres

A indústria da construção civil de Campo Grande precisa de mão de obra especializada (pedreiros, carpinteiros, pintores, mestres de obras, armadores…) para suprir uma demanda crescente do mercado na cidade. 

O setor tem recebido muitas mulheres mas o número ainda é pequeno, pois representa apenas cerca de 1% dos mais de 40 mil trabalhadores que o mercado emprega hoje só na Capital.

Diante da escassez de mão de obra, “vale a lei da oferta e procura”, explica José Abelha, presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Campo Grande – Sintracom: “Quem pagar melhor leva os funcionários disponíveis mesmo aqueles que estão trabalhando em outras empresas”, explica.

Com o aumento da procura, subiu também o valor pelo trabalho desses profissionais, explica José Abelha. O piso de R$ 890,00 já não vale para o mercado de Campo Grande. Quem não pagar mais de R$ 1.200,00 por um pedreiro, por exemplo, não consegue sua demanda profissional. Com isso ganha os trabalhadores.

O presidente da CGTB (Central Geral dos Trabalhadores do Brasil), Samuel da Silva Freitas também acompanha a corrida nesse setor. “A empresa precisa com urgência de mão de obra. O governo deveria acelerar e estimular a formação de jovens profissionais para o setor”, acrescenta.

Fonte: msnoticias.com.br

Construção Civil também é para mulheres

Mães e filhas empreendedoras mostram que é possível ter sucesso num ramo considerado masculino. Atendendo o segmento da Construção Civil e lidando diretamente com profissionais do sexo masculino, três franqueadas da Casa do Construtor contam como obtiveram sucesso fornecendo de betoneiras a compactadores aos seus clientes, que pedem a elas informações sobre os equipamentos mais indicados para suas obras.

A Casa do Construtor de Valinhos (SP) é tocada por uma dupla interessante: Gislaine e Angélica Cáceres, mãe e filha. “Devagarzinho, fomos construindo a loja em local próprio e aprendendo sobre o segmento, o que nos deu confiança para pensar, num futuro próximo, na possibilidade de abrir outra franquia. Estamos felizes não só financeiramente, mas também profissionalmente, o que é importante, porque recebemos da franqueadora o prêmio de Loja Padrão em 2010 e 2011, em primeiro lugar, e Loja Top de Crescimento na segunda colocação também no ano passado”, dizem.

Compactadores, betoneiras, painéis metálicos para andaimes, ferramentas elétricas, rompedores, esmerilhadeiras… Nenhum desses equipamentos fazia parte da rotina da dupla, que hoje não só entende do negócio como consegue auxiliar os clientes quando surgem dúvidas. “O melhor é que temos intimidade de mãe e filha e podemos discutir abertamente os pontos fortes e fracos do negócio, sem barreiras no diálogo. Deve ser isso que nos impulsiona a crescer constantemente”, ponderam.

A rotina da professora de matemática paulistana Wilce Maciel também mudou bastante há alguns anos. Ao se ver prestes a aposentar-se, decidiu buscar um novo segmento de trabalho. “Pensei em uma franquia, mas nunca na área de locação de equipamentos para construção civil. Pesquisando o mercado com meu marido, porém, conheci a Casa do Construtor. Fomos nos inteirando do segmento, avaliando a possibilidade e, quando me dei conta, estava atrás do balcão”, lembra ela.

A loja, instalada no bairro de Santana, em São Paulo, é dirigida pelo casal, mas Wilce não fica só na administração do negócio. “Eu vou para o balcão e conheço bem o segmento porque aprendi com cursos dados na franqueadora, muito estudo e no dia a dia o uso de cada equipamento, bem como a indicação para que meus clientes aproveitem melhor a locação”, orgulha-se ela, que não quer parar de aprender, busca se informar tecnicamente e cita a todo momento a NR-18, Norma Regulamentadora que estabelece diretrizes de ordem administrativa, de planejamento e de organização que objetivam a implementação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção. E se não sabe alguma coisa no momento da locação? “Eu não me aperto, vou na hora buscar ajuda com o meu amigo Google para responder alguma dúvida de um cliente”, relata a franqueada, com todo o seu bom humor. Mãe e avó, Wilce tem energia de sobra para cuidar da família e do empreendimento, que cresce a olhos vistos. Com muito bom humor, ela lembra que quando dizia o seu nome, todos achavam que se tratava do homem responsável pela franquia, e que ficavam meios desconfiados quando a viam pessoalmente. “Hoje, é diferente: vou da vassoura ao computador, mas não voando”, diz, referindo-se ao fato de fazer de tudo na loja, com muito empenho e prazer.

A Casa do Construtor é uma rede com 120 lojas distribuídas em 20 estados brasileiros. Dentre seus franqueados, há inúmeras mulheres, que viram no boom da construção civil um excelente momento para investirem no setor. “Hoje, nossa rede é bem heterogênea, com exceção especificamente no que tange à manutenção dos equipamentos, já que ainda os homens são maioria. Mas quando o assunto é gerência de franquia, as mulheres não têm qualquer dificuldade”, comenta Expedito Arena, sócio franqueador.

Fonte: bagarai.com.br

Construção Civil em Rio Grande tem trabalhadores haitianos

Rio Grande está na rota das alternativas de emprego para trabalhadores de diferentes regiões do País.

Tem sido cada vez mais comum a presença de cariocas, paulistas, mineiros, cearenses, entre outros, nos mais diversos segmentos da cidade. Especialmente com o incremento do Polo Naval, as empresas buscam mão de obra qualificada e, com escassez na cidade, acabam trazendo empregados de outros lugares.

Na construção civil, por exemplo, de acordo com gestores e empresários do setor, tem sido difícil encontrar trabalhadores habilitados e disponíveis para funções de pedreiro, servente, entre outras, ou que não estejam seduzidos pelos salários pagos pela construção naval. E foi com base nessa dificuldade que a empresa Pedrão Construtora foi buscar empregados internacionais. Cerca de 25 homens, naturais do Haiti, estão trabalhando em obras nos estados do Rio Grande do Sul e Paraná, sede da empresa.

“Tivemos conhecimento, através de uma empresa de Caxias, que havia um grupo de haitianos trabalhando, legalmente, no ramo da construção, desempenhando boas funções e supermotivados. Então, uma equipe da nossa empresa foi até Manaus, onde cerca de 2 mil haitianos estavam alojados, para propor contratos de trabalho, de acordo com nossa necessidade. Assim, estamos com 14 trabalhadores em Rio Grande e outros 11 em Pato Branco, no Paraná”, disse Alexei Bordignon, engenheiro civil.

De acordo com ele, o alojamento dos haitianos ficava junto à paróquia São Geraldo, e recebiam auxílio de um padre responsável. “Logo que chegaram ao Brasil, foram até a Polícia Federal encaminhar a documentação necessária e obter liberação, inclusive com relação ao vencimento dos vistos. Até as vacinas exigidas foram todas providenciadas”, acrescentou Alexei.

O contrato firmado com a empresa é normal, incluindo período de experiência e carteira assinada. Todas as despesas estão sendo pagas pela Pedrão Construtora, como alojamento, alimentação e transporte. Para José Henrique Fernandes, técnico em edificações, que está acompanhando o grupo de haitianos, o rendimento tem sido bom.

“A maioria veio em busca de oportunidade. No seu país de origem, trabalhavam como enfermeiros e garçons, outros eram apenas estudantes. Mas o diferencial é que eles têm motivação, querem trabalhar pra mandar dinheiro para as famílias que ficaram lá. E nosso objetivo, com o desenvolvimento do trabalho, é promover a qualificação conforme o andamento das obras e a observação das aptidões”, disse José Henrique.

Segundo ele, os haitianos têm atuado como um reforço nas obras, acompanhando uma equipe técnica que já trabalha na empresa há algum tempo. A empresa participou e venceu licitações da Prefeitura Municipal para construção de cinco escolas de educação infantil e 268 casas. Nesse período inicial, os trabalhadores estão atuando na construção da Escola de Educação Infantil Ana Neri, na localidade do Bolaxa, e em outra obra no Camping Municipal.

A realidade haitiana

A capacidade de entender a língua portuguesa ainda é discreta, mas os haitianos mantêm a comunicação, principalmente entre eles, através do francês e do dialeto próprio, chamado crioulo. Alguns também entendem espanhol e, aos poucos, vão se adaptando à linguagem brasileira. Kenel Lucian, de 31 anos, contou que deixou o Haiti em busca de recuperação, após o terremoto que devastou o país no início de 2010.

“O Brasil está abrindo portas para o Haiti, prestando apoio e acolhendo os trabalhadores, principalmente após o terremoto. Perdemos famílias, emprego, casa, enfim, toda a estrutura, e viemos em busca de trabalho para auxiliar na reconstrução da vida. Aqui, todo mundo nos trata bem, fomos muito bem recepcionados pelo povo brasileiro. Assim, temos a chance de mandar dinheiro para nossos parentes que ficaram lá, como meu filho de seis anos”, disse. No mesmo grupo ainda estão Anais Chery, 21, Deivil Mirville, 27 e Renold Noel, 37, que vêm de cidades como Cabo Haitiano, Gonive e Porto Príncipe, todos em busca de subsídios para reconquistar não apenas o patrimônio que perderam, mas a dignidade através do trabalho.

Fonte: jornalagora.com.br