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Empresário se especializa em ajudar novos prédios a conseguir selo verde

Sustentabilidade é cada vez mais valorizada na construção civil.
Desafio é achar soluções para usar os recursos naturais sem desperdício.

O conceito de sustentabilidade está cada vez mais valorizado em diversos setores, inclusive no mercado da construção civil. E a demanda é tanta que um empresário se especializou em ajudar novos empreendimentos a conquistar o selo verde.

João Marcello Gomes é um especialista em sustentabilidade. Ele faz projetos para construções verdes. O desafio dele é achar soluções para usar os recursos naturais sem desperdício nem riscos ao meio ambiente.

“A melhor maneira de explicar sustentabilidade acho que é no conceito da palavra mesmo. (…) Se a gente traduzir para o nosso dia a dia, é interagir a questão do dinheiro com a questão da qualidade de vida com a questão do meio ambiente”, explica o empresário.

Gomes começou o negócio em 2008, com apenas R$ 500. Comprou um notebook e montou um escritório numa sala emprestada. O crescimento da empresa foi espantoso. No ano passado, faturou R$ 8 milhões. “E a gente aos poucos, nesses 5 anos, viu que as empresas começaram a se abrir, identificar as oportunidades, que elas tinham de ter benefícios com a sustentabilidade”, afirmou.

A empresa ensina, por exemplo, como diminuir gastos com energia elétrica e água. “Vale a pena abrir mais as janelas para deixar entrar mais luz e gastar menos iluminação. Então essas soluções a gente consegue colocar em um software e medir o quanto vai impactar no consumo de energia do edifício”, diz.

A empresa trabalha para obter o chamado selo verde para os clientes. É uma certificação que valoriza e melhora a imagem dos empreendimentos. “O selo verde é importante no mercado de construção civil para dar um atestado aos edifícios que implementaram corretamente um sistema que é conhecido nacionalmente e internacionalmente”, afirma Jean Vieira, de projetos de certificação.

O custo de uma construção verde é de 0,5% a 7% mais caro que de uma tradicional, mas o investimento compensa. O empreendimento verde tem em média 20% mais de valor no mercado, e os custos das operações caem até 12%.

“A redução de custo operacional permeia o meio ambiente, preserva o meio ambiente e permeia a qualidade de vida e conforto para as pessoas que estão utilizando aquele prédio”, revela Gomes.

Um dos clientes do empresário, localizado na zona sul de São Paulo, é o primeiro empreendimento comercial do Brasil a obter o selo verde Aqua, concedido pela Fundação Vanzolini, instituição que atua como certificadora de normas brasileiras e internacionais para sistemas de gestão ambiental.

A construção foi considerada apta a receber o selo. São três torres com quase 80 mil metros quadrados de escritórios.

“Nós estimamos depois da ocupação total, de 6 mil e 7 mil pessoas trabalhando. (…) Nós temos sete subsolos de garagem com mais de 2.500 vagas, uma área de paisagismo e de lazer. E para isso nós precisamos de muita água para lavar, limpar e irrigar. E para isso nós temos um sistema de reuso muito eficiente e sustentável”, afirma o diretor da incorporadora, Luciano Amaral.

Fonte: globo.com

Ministro conhece construções sustentáveis em Londres

O ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro, participou, nesta segunda-feira (09;07) em Londres, de várias reuniões no Building Research Estabilishment (BRE) para conhecer e discutir sobre as inovações tecnológicas na construção civil. As experiências desenvolvidas pelo Building Research Estabilishment (BRE), instituto criado em 1921 voltado para o desenvolvimento de tecnologias para a construção civil, com foco na sustentabilidade, conforto e qualidade de vida dos seus moradores.

As técnicas de sustentabilidade indicadas pelo BRE foram utilizadas na construção do Estádio Oíimpico, centro dos principais jogos da Olimpiadas de Londres. Com pequenas mudanças na compra de materiais para a obra, foi possível reduzir em 33% a emissão de carbono. “Vamos estudar a forma de ampliar a parceria entre o Brasil e o Reino Unido nesta área de construção sustentável e na oportunidade de investimento para os dois países”, disse o ministro durante a visita.

Os técnicos do BRE apresentaram todos os estágios de construção sustentável: novos materiais, testes e monitoramento e métodos modernos de construção.  Uma delas é construir casas com paredes erguidas com camadas de lã de carneiro e caucário misturado com resíduos da agricultura. O BRE já desenvolve no Brasil um projeto de construção de um parque tecnológico, em Brasília, para inovações tecnológicas para habitação de interesse social. “Temos especial interesse no desenvolvimento deste projeto”, disse o ministro.

Ainda no BRE, o ministro conheceu o projeto de casas sociais desenvolvido pela Fundação do Príncipe, apoiada pelo príncipe Charles. O diretor da fundação Tim Goodwin, disse que a casa tem modelo sustentável e atende ao padrão inglês de moradia, por exigência do príncipe. Materiais reciclados também foram utilizados na construção dos móveis e outros equipamentos da casa.

O ministro também visitou a casa construída com PVC, Cub House, também com padrões sustentáveis, qualidade e conforto. Além de projetos de construção que produz energia elétrica a partir do movimento de caminhar dos moradores. A visita foi acompanhada pela secretária Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães, e o secretário Nacional de Acessibilidade, Leodegard Tiscoski. “Vamos estudar as experiências para ver como podemos adaptá-las a nossa realidade”, disse o ministro.

A agenda desta segunda-feira em Londres, terminou com um rápido encontro com o ministro de Comércio e Investimento, Lord Green. Nesta terça (10), o ministro Aguinaldo Ribeiro inicia sua agenda com uma reunião com o ministro para a Descentralização e Cidades, Greg Clark, e a diretora de Habitação, Terrie Alafat. À tarde, ele estará com os técnicos da Aecom, empresa que ganhou a concorrência para desenvolver o Plano Diretor do Parque Olímpico do Rio de Janeiro e Londres. Na pauta, temas como desenvolvimento urbano e projetos de revitalização dos projetos olímpicos, água, resíduos e saneamento básico, além de desenvolvimento sustentável e estratégias de energia.

Fonte: pbagora.com.br