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Em 2012 morreram 33 trabalhadores no setor da construção, menos cinco do que em 2011

Em 2012 morreram 33 trabalhadores da construção civil, menos cinco do que em 2011, anunciou hoje o presidente do Sindicato da Construção Civil de Portugal, referindo que sete trabalhadores foram “mortos” por incumprimento de regras de segurança.

Em conferência de imprensa realizada hoje no Porto para apresentar o balanço da campanha 2012 alusiva à Higiene, Saúde e Segurança no setor da construção, Albano Ribeiro anunciou que “morreram 26 trabalhadores” no setor da construção e que foram “mortos mais sete” por falta de segurança em algumas empresas.

“É preocupante o desinvestimento que se está a verificar em muitas empresas do setor da construção, no que diz respeito aos meios de proteção quer individuais, quer coletivos, o que pode levar a que no próximo ano se verifique um grande aumento de acidentes mortais no setor”, alertou.

Albano Ribeiro admitiu que há empresas que “em nome da crise, obrigam os trabalhadores a pagar os meios de proteção” e denuncia que é “precisamente em empresas com este tipo de pensamento e desrespeito à lei vigente em relação às questões de segurança, onde mataram sete trabalhadores”.

“É preocupante o enorme desinvestimento que se está a verificar no setor em nome da crise, em relação às questões de higiene, saúde e segurança”, refere o sindicalista, acrescentando que as mortes naturais no setor também têm aumentado porque as empresas “não pedem exames médicos” aos trabalhadores, nem “avaliam” a forma física.

Segundo o Sindicato da Construção em Portugal houve um decréscimo de trabalhadores mortos este ano em relação a 2011 com a ajuda da campanha 2012, onde se realizaram “307 ações de sensibilização pedagógica alusiva à segurança, nas quais foram contatados 60 mil trabalhadores”.

Para 2013, o Sindicato da Construção de Portugal prevê incidir as ações e intervenção nas pequenas empresas, que “são as que menos cumprem as normas de segurança”.

Para o ano, Albano Ribeiro estima que o número de desempregados no setor vá aumentar “com mais alguns milhares de trabalhadores”, caso não arranquem obras de requalificação da linha férrea e de requalificação nas cidades.

 

Fonte: www.rtp.pt