Seminário do SindusCon-SP discute diretrizes para evitar patologias na execução de obras

Painéis na Concrete Show 2012 apresentaram recomendações para a coordenação de projetos e da execução, garantindo a qualidade das estruturas.

Na última quarta-feira (29), durante o primeiro dia da Concrete Show South America 2012, o Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP) promoveu o 14º Seminário de Tecnologia de Estruturas: projeto e produção com foco na racionalização e qualidade. O evento apresentou diretrizes e recomendações para a coordenação de projetos e execução de obras, com o objetivo de minimizar patologias que comprometam a vida útil da obra.

A primeira apresentação foi feita pelo engenheiro civil Luís Carlos Pinto da Silva Filho, coordenador do curso de pós-graduação em engenharia civil da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Durante a palestra, o engenheiro discutiu quais são os cuidados necessários para assegurar a vida útil do concreto, com foco nos desafios que os profissionais do setor enfrentam em relação ao assunto.

O engenheiro afirmou os profissionais devem projetar e executar as obras ao mesmo tempo em que garantem a sua segurança. “O processo de conservação de estrutura vai além da vida útil do projeto”, acredita Silva Filho.

Entre os desafios apontados pelo professor, estão o controle de deformações, a consideração dos efeitos dinâmicos e o respeito às normas técnicas, em especial a Norma de Desempenho (NBR 15.575). “Um bom engenheiro tem que conhecer as normas. Se não gosta delas, tem que ir às comissões de estudo e participar das reuniões”, afirma.

Em seguida, o engenheiro civil Luiz Roberto Prudêncio Jr. conversou com o público sobre a especificação, aplicação e controle do concreto para assegurar o desempenho de estruturas e fundações. Professor titular do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Prudêncio começou a apresentação discutindo qual é o papel do projetista estrutural atualmente.  Ele afirma que o profissional precisa ter conhecimento da localização da obra, do tipo de concreto e das características gerais de tecnologia do material. Porém, atenta para a falta de interação entre o projetista e o próprio tecnologista de concreto. “Precisa haver um contato maior entre os profissionais”, conclui.

Prudêncio também defendeu a abolição da amostragem parcial, na qual apenas algumas betoneiras são testadas. O engenheiro afirma que é necessário fazer uma espécie de censo do concreto, investigando cada elemento e fazendo a análise de todas as betoneiras da obra em questão.

O engenheiro Claudinei Lima, diretor técnico da regional da América Latina da empresa Doka, seguiu a apresentação do seminário ao falar da obra do Banco Central Europeu, em Frankfurt, na Alemanha. A Doka foi a responsável pelos sistemas de fôrmas e escoramentos da construção, que será inaugurada em 2014.

De acordo com Lima, a maior dificuldade para a empresa foi fazer o planejamento de forma correta para que as vigas das plataformas não sofressem alterações. A Doka optou por substituir as placas metálicas usuais por chapas plásticas translúcidas, que não exigem a instalação de luz artificial e trazem mais segurança para os trabalhadores. No total, foram instalados 29 painéis na torre norte e 20 painéis na torre sul.

Fonte: piniweb.com.br

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