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Número de trabalhadores com carteira assinada na construção civil dobra nos últimos cinco anos

A quantidade de trabalhadores com carteira assinada no setor da construção civil dobrou nos últimos cinco anos. Eles eram 1,3 milhão em janeiro de 2006 e passaram a ser 2,7 milhões em dezembro de 2011, de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

Outros três setores estiveram acima da média de crescimento total, segundo a mesma comparação: a mineração, comércio e serviços empregaram em torno de 50% mais, um pouco acima dos 40% apurados para o total do aumento do emprego celetista: de 26,8 milhões no início de 2006 para 37,8 milhões em dezembro passado.

No acumulado ano a ano, durante o período, todos os setores apresentaram saldos positivos.

Construção – De acordo com o MTE, o fato da expansão nas construtoras ser maior se deve a políticas públicas como o aumento do financiamento habitacional, as obras de infraestrutura do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o programa Minha Casa, Minha Vida e os investimentos previstos por conta dos eventos esportivos Copa do Mundo em 2014 e Jogos Olímpicos em 2016. Além disso, toda a ampliação industrial ou comercial implica mais galpões, lojas, escritórios e fábricas.

Somando os setores de atividade econômica, o País chegou ao final de dezembro passado com estoque de 37.887.47 empregos celetistas. Destes, 15.317.702 referem-se ao setor de serviços; 8.506.686, comércio; 8.215.134, indústria da transformação; 1.571.221, agropecuária; 914.374, administração pública; 391.800, serviços de utilidade pública; e 208.397,  extrativa mineral.

Caged – Em 2011, a Construção Civil foi responsável pela criação de 222.897 empregos com carteira assinada, registrando o maior crescimento relativo entre os setores, com elevação de 8,78% em relação ao total de dezembro de 2010.

Os estados que geraram o maior número de empregos com carteira assinada foram São Paulo (41.191); Rio de Janeiro (37.026) e Pernambuco (21.211).

Emprego na construção civil cresceu 5,2% em 2011

A construção civil foi o setor responsável pela maior alta no número de empregos em 2011, com alta de 5,2% em relação ao ano de 2010. No ano, 65 mil novos postos foram criados. As informações são da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), que considera trabalhadores em obras de infra-estrutura, novas edificações e reformas e reparações de edificações.

Com relação às regiões metropolitanas, Recife lidera a alta, com crescimento de 21,6% no ano, seguida por Salvador (16,7%), Porto Alegre (9,0%) e Fortaleza (8,9%). Distrito Federal (3,0%), Belo Horizonte (1,7%) e São Paulo (0,3%) registraram as menores variações.

No geral, em 2011, foram geradas 407 mil ocupações, número superior ao de pessoas que ingressaram no mercado de trabalho (105 mil), o que resultou na saída de 302 mil pessoas da situação de desemprego.

Fonte: PINI

Custo da construção civil tem leve alta em janeiro, aponta SindusCon

Os preços da construção  civil paulista ficaram mais caros em janeiro, ao registrar leve alta de 0,10%, na comparação com dezembro de 2011, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (1) pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo).

O CUB (Custo Unitário Básico) reflete a variação mensal das despesas do setor para utilização nos reajustes dos contratos da construção civil. No mês passado, ele foi de R$ 956,02 por metro quadrado.

Em janeiro, o custo das construtoras com materiais de construção teve alta de 0,14%, enquanto que os custos com mão de obra apresentaram alta de 0,06% e as despesas administrativas não variaram.

Alta dos preços
Dos 41 itens de material de construção analisados, no primeiro mês do ano, 15 registraram altas maiores do que o IGP-M, que variou 0,25% no mês. Os destaques ficaram com a massa pronta, que ficou 4% mais cara, a chapa compensado resinado 12mm, com alta de 3,91%, e a porta lisa para pintura 3,5x70x210cm, cuja alta foi de 2,71%.

Entre as maiores quedas, estão a bacia sanitária branca com caixa acoplada 6 litros, que recuou 2,35%. Em seguida, aparecem o tubo PVC-R rígido para esgoto 150 mm, com queda de 2,16%, e bloco de concreto 19x19x39cm, com queda de 2,12%.

Construção civil atrai investimento externo

Apesar da crise econômica que vem assustando o mundo desde o final de 2008, o Brasil é um dos países que menos têm sofrido impacto financeiro. As boas expectativas para 2012 têm atraído investimentos estrangeiros em muitos setores e a bola da vez é a construção civil.

Júlio Monte Carlo, economista graduado pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e filiado ao Conselho Regional de Economia de São Paulo (CORECON-SP), conta que, com a proximidade de grandes eventos esportivos que acontecerão no País – como a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas em 2016 – combinados com o boom imobiliário brasileiro e a crise na Europa e nos Estados Unidos, tem se tornado cada vez mais evidente o interesse de bancos, empresas e fundos de pensões estrangeiros em investir em ações ligadas à construção civil no Brasil.

“Os potenciais investidores apostam sempre em mercados mais seguros, como o europeu e o americano. Mas, incrivelmente, a crise está fazendo muito bem ao nosso mercado e os investimentos estão tomando seu rumo em direção aos países emergentes, mas que possam oferecer alguma segurança. E o Brasil encaixa-se em todas essas características”, afirma o economista.

O atrativo na construção civil

Otávio Freitas, especialista em economia internacional pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), diz que os investidores estrangeiros encontram no Brasil uma oportunidade de aplicar seus investimentos e obter lucros mesmo em momentos financeiramente conturbados. Para ele, porém, os grandes atrativos que diferenciam o país de outros emergentes são sua situação social atual e também algumas medidas adotadas recentemente pelo governo.

Segundo ele, o país apresenta, hoje, um bom sistema político e econômico – em que é visível o aumento gradativo da classe média, juntamente com as facilidades provenientes do acesso ao crédito. O Brasil também possui um baixo endividamento e uma renda relativamente alta. “Os salários têm aumentado, mas, ao mesmo tempo, existe ainda uma defasagem quando se trata de habitação no Brasil. Além disso, as obras para os eventos esportivos e medidas governamentais, como a redução de 6% para 0% da alíquota do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) sobre aplicações de estrangeiros em títulos privados de longo prazo com prazos de vencimento superiores a quatro anos, são um prato cheio para o investidor”, afirma.

A expectativa, segundo informações da Câmara Brasileira da Indústria de Construção (CBIC), é que os investimentos estrangeiros na construção civil brasileira ultrapassem US$14 bilhões em 2012.

O investimento, de acordo com Carlo, é em médio prazo e envolve não apenas imóveis residenciais, mas também shopping centers e centros comerciais, cujo número tem aumentado muito no país. Apesar de ainda oferecer riscos, o investimento imobiliário apresenta altas taxas de crescimento e um retorno acima de mercados europeus e americanos.

Empresário lucra com reciclagem de resíduos da construção civil

Empreendedor Social Gilberto Meirelles faz sucesso no mundo corporativo ao levar a prática da reciclagem à construção civil. Conheça as vantagens de negócio com entulho da construção civil.

São Paulo- O empresário Gilberto Meirelles, fundador da Estação Resgate, enxergou uma maneira de ganhar dinheiro e colaborar com a preservação do planeta: criou uma empresa que transforma entulho em matéria-prima para novas obras. Prática louvável numa cidade que gera, diariamente, 17 mil toneladas de resíduos da construção.

A Estação Resgate, que tem como objetivos transformar entulho em produto, contribuir para o meio ambiente e gerar material de construção, possui capacidade para faturar cerca de 2 milhões por ano e exerce ainda o papel social de empregar dezenas de trabalhadores em suas unidades.

Outra iniciativa desse empreendedor de sucesso foi o desenvolvimento de um selo próprio que confere a seus clientes: .A usina iniciou seus trabalhos em 2007 – com a reciclagem de resíduos da construção civil e teve suas atividades ampliadas para a fabricação de produtos com valor agregado a partir dos reciclados. É hoje referência para outras empresas do setor. Além disso, oferece uma possibilidade de negócio única, aliando preservação ambiental e boa margem de lucro.

Com foco ambiental e social, a empresa também promove visitas de escolas às suas instalações, para que os estudantes conheçam as alternativas que diminuem a poluição visual, ampliam a oferta de produtos e geram emprego e renda para o setor da construção. Para a geração de novos negócios, a Estação Resgate busca parceiros empreendedores que interajam com o poder público e tenham conhecimento do mercado local. Em contrapartida, oferece a análise da área para implantação da usina, os equipamentos necessários para as operações de recolhimento e tratamento do entulho e todo o conhecimento técnico necessário já testado e aprovado. www.estacaoresgate.com.br