Segundo Manoel Henrique Campos Botelho, números aleatórios causam confusão para compradores e visitantes
O engenheiro civil Manoel Henrique Campos Botelho, ex-assessor do Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (Sinduscon-SP) e da Companhia Metropolitana de Habitação Popular de São Paulo (Cohab), defende que haja uma norma da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) para a numeração de apartamentos e andares de edificações.
Segundo o engenheiro, atualmente o Brasil não conta com uma legislação específica para esse fim. A atribuição dos números pode ser feita de forma aleatória, o que pode causar certa confusão para potenciais compradores de um apartamento ou visitantes do edifício e provocar até problemas entre cartórios de registros e incorporadoras.
“Seria uma norma com um sistema matemático, sem qualquer dúvida de como deveria ser realizada a numeração de apartamentos e andares”, afirma Botelho. “Andar zero, andar térreo, andar sobre a garagem, subsolo etc. Deveria haver uma regra para que fosse fácil entender a configuração dos andares”, completa.
Segundo o engenheiro, já houve casos em que o comprador adquiriu um apartamento no segundo andar na certeza de que sua unidade estaria dois pavimentos acima do nível térreo do edifício, sendo que o apartamento ficava logo sobre o salão de festas, pois, nesse caso, o nível térreo era caracterizado como primeiro pavimento.
Sobre a numeração dos apartamentos, Botelho comenta que é necessária uma padronização para que o comprador saiba em que lado do prédio fica a sua unidade.
Definição de bairros em São Paulo
O engenheiro também defende que a Prefeitura de São Paulo reconheça e defina a localização exata dos milhares de bairros existentes na cidade. “Todos os guias da cidade feitos pela iniciativa privada apresentam esses bairros e sua localização aproximada, mas sem poder definir limites”, disse.
“A cidade além de distritos e subprefeituras, precisa ser dividida em bairros, com localização e limites definidos, facilitando a administração municipal e a mútua convivência”, finaliza Botelho.